terça-feira, 27 de maio de 2008

O primeiro

Primeiro post deste blog e eu nem sei por que resolvi finalmente escrever aqui. Quer dizer, no fundo, lá no inconsciente, eu até sei, mas não quero me analisar agora. Deixo essa tarefa para Silvia, que já está tendo muito trabalho em desempenhar. Não pretendo escrever sempre, aliás, este pode ser o primeiro e o último post deste blog, só o tempo irá dizer. Ah, o tempo, ele sempre diz tudo, mesmo quando não perguntamos, quando nos recusamos a enxergar a suas respostas das perguntas que nem chegamos a formular, ele está lá aguardando o nosso tempo. "Nosso tempo", engraçado isso, cada pessoa tem um tempo que ao mesmo tempo é o tempo de todos. Ou não é? Acho que não tou disposta o suficiente para divagar sobre o tempo de cada um e o tempo geral não. Mas sempre vou me lembrar disto quando alguém me disser: tudo tem seu tempo; ou quando Silvia disser: você vai entender no seu tempo; ou quando Ele disser: só o tempo irá dizer. Ele, o com "E" maiúsculo que não é o tempo, adora ser meu passatempo, que na verdade é pra passar o tempo geral, não o meu tempo particular... ah, controle-se, lembre-se que você não está disposta o suficiente para divagar sobre essa questão dos tempos. Agora você quer falar sobre Ele. Mas antes tem que esclarecer que o "E" maiúsculo não tem nenhuma ligação religiosa, até porque esta pessoinha que vos escreve não definiu ainda a sua religião, mas, até o momento, não é seguidora do ateísmo. De fato, esta é outra questão de tempo, talvez quando eu tiver outras decepções maiores e ficar difícil suportar sozinha, eu recorra a alguma religião. Por enquanto, eu tou dando conta do recado. Voltando pro Ele, que passa longe da divindade, acho que esse foi o motivo pra eu começar a escrever aqui, apesar de não ter por objetivo escreve apenas sobre esse causo do acaso. De forma sucinta e breve, vou explicar quem é este ser: um nada. É, nada, é isto que ele é. Já oscilou por todas as definições possíveis. Já foi o sério, o misterioso, o baixinho com cara de pirraia, o pentelho, o atrevido, o curioso, o que me coloca em situações inusitadas com suas perguntas, mas que me faz ser a pessoa mais sincera do mundo, mesmo sabendo que está sinceridade só vai me machucar, já foi tantas coisas, e hoje Ele é um nada. Mas o que mais me intriga é que só tiveram dois momentos em que Ele me fez sentir borboletas no estômago: a primeira vez que o vi depois de falarmos horas virtualmente e hoje, depois de ter se tornado um nada. O que vem depois do nada? Tudo?

Espero que não...

Nenhum comentário: