quarta-feira, 9 de junho de 2010

Férias

Por favor, eu quero férias!
Pra ontem, se possível.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Brega

"Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta."

Arnaldo Jabor
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terça-feira, 3 de março de 2009

Do Amor
(Paulinho Moska)
Não falo do amor romântico,
aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão,
paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser
definida,
explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto,
formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim,
que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser
construído,
inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade
infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do
amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
o amor será sempre o desconhecido,
a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma
nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em
mutação.
O amor quer ser interferido,
quer ser violado,
quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e
profundos,
e nós preferimos o leito de um rio,
com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor não podemos
castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e
nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
o amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o
alimento preferido do amor,
se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu
abismo,
me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita.
Ou melhor, só se Vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Teoria x Prática

Costumo ter algumas idéias de comportamentos que acho adequados em determinadas situações, mesmo sem ter real noção da minha reação emocional. Cedo ou tarde a vida se encarrega de me colocar a prova e checar se consigo ter esse autocontrole que julgo ser capaz.
Diariamente, ou quase isso, passo por provações que me fazem pensar se realmente vale a pena, ou não, estar pré-programada pro Novo.
Ainda não achei uma resposta pra isso, mas sempre que deixo a emoção passar por cima da razão, bate um arrependimento besta que tem me levado a pensar se essa fachada de "racional" não é apenas uma fuga pra viver no mundo das suposições ao invés de encarar o que é real e concreto, e, assim, não ferir esse orgulho que engole tantas possibilidades sem que eu me dê conta.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Coincidências

Uma, duas e até três vezes é engraçado, mas quando nos damos conta das inúmeras coincidências que acontecem nas nossas vidas, nos vemos a beira de um surto. Ju-ro como cada dia que passa eu fico com mais medo de pirar. São elementos do fundo do baú que ressurgem do nada e se repetem do nada ao quadrado num curto espaço de tempo. Só não consegui encontrar a lógica nas coincidências que vêm acontecendo. Vi em algum lugar que elas sempre acontecem, nós que, às vezes, nos cegamos e perdemos a "magia" do universo conspirando, leia-se sincronicidade. Mas confesso que, após despertar minha atenção pros fatos semelhantes, tenho me assustado como tu-do e to-dos estão interligados. Tenho apenas que me conter com quem comento sobre as minhas observações, pois, não faz muito tempo que relatei um fato curioso, acrescido de um "isto é um sinal", que aconteceu comigo para um amigo e ele, sem dó nem piedade, virou-se pra mim com a cara mais lavada do mundo e disse: É, isto é um sinal que tás ficando doida!!
Eu já vivo com medo de surtar e ele ainda me diz isso, qualquer vozinha sem corpo no meu campo de visão e já vou achar que 'psicotizei'!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Hoje sim, amanhã talvez

Volúvel, assim sou eu!
Às vezes me assusto com minhas mudanças repentinas em relação às pessoas. De repente alguém que sempre esteve ali, apesar de nunca ter percebido, passa a ocupar os meus pensamentos. Começa lentamente, com 5 minutinhos por dia, até chegar ao extremo das contagens das horas esperando encontrar tal pessoa. Do discurso, ela já começa a fazer parte desde os 5 minutinhos, fato este que faz com que todos pensem "Dessa vez ela se apaixonou!". Doce ilusão. Basta um simples deslize pro castelo vir abaixo e, quem até então fazia parte de todos os meus momentos, passa a ocupar um lugar tão insignificante ao ponto de nem notar a presença no mesmo ambiente que eu. Falar então, me causa enjôo profundo que faço questão de fugir do encontro sem nem dizer um "oi, tudo bom?" e correr o risco de escutar como foi o dia e semana desde o último oi! - tem pessoas que não se tocam que "oi, tudo bom?" é uma forma educada de cumprimentar alguém e não um artifício pra puxar conversa.
Claro que esse espaço deixado por esta pessoa já foi ocupado por outra, só pra não perder o hábito de pensar em alguém nas horas vagas. E é claro, também, que esta perderá tal espaço no primeiro deslize que cometer. Assim eu sigo neste eterno exercício de desapego, pedindo pra ser menos volúvel e aceitar mais a qualidade de "humano" das pessoas e, consequentemente, o grande risco de errar devido a isto.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Infinito Particular

"Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular" (M. Monte)

Seria muito fácil se perder no meu infinito particular, já que eu mesma costumo me perder constantemente em algo que foi criado por mim. O difícil é conseguir entrar nele. Cada vez mais eu consigo me fechar no meu mundinho e elaborar desculpas mil pra não deixar ninguém entrar e abalá-lo. Foram anos até conseguir atingir esse suposto equilíbrio que tenho, mas fica a pergunta: para quê?
Ficar cada vez mais sozinha com medo que alguém estremeça as estruturas e chegar a constatação que "não, eu não posso controlar o mundo!"?
Por outro lado têm as pessoas que também não colaboram. Sempre que cogito a possibilidade de compartilhar o meu mundinho com alguém, a tal pessoa faz questão de me dar argumentos que se é para estar em má companhia, é preferível continuar sozinha.
Acho que estou me tornando uma "autista por opção". +__+