Em geral as pessoas procuram um psicólogo quando estão passando por algum momento difícil em sua vida. Até faz sentido procurar um apoio para superar certas coisas que não damos conta sozinhos.O que ninguém imagina é o quanto uma terapia exige equilibrio e sensatez de quem a inícia. Tudo bem que não tem como generalizar, vai muito do terapeuta também, mas acredito que só se consegue um avanço verdadeiro quando você se doa inteiramente e considera as interpretações que o analista te devolve. Pelo menos comigo é assim. Já fiz psicoterapia de base analitica e minha vida ficou estagnada, o que era confortável para mim, afinal, ninguém quer mexer no que está quieto e incomoda horrores. Mas quando iniciei o estágio eu resolvi levar a sério o meu trabalho pessoal, visto que, aparentemente, estava tudo muito tranquilo e calmo, achava até que receberia alta nas primeiras sessões. Doce ilusão... a surpresa vem de onde você menos imagina. Algo tão inocente, esconde tantas coisas por trás, que eu confesso que estou apreensiva do que esteja por vir. E o meu elemento que esconde tantas coisas é o leite... sim, leite, aquele alimento de criança. É aí que está o quê da questão: Por quê essa fixação por alimentos infantis? Quem já fez análise sabe que a primeira resposta dada é: Não sei. E comigo não foi diferente, mas você fica com aquilo na cabeça o tempo todo e é incrível como ultimamente minhas atitudes tem sido infantis sem que eu perceba, é o medo de assumir grandes responsabilidades e ser cobrada por isso; é viver paixão platônica de adolescente e ficar tensa se o menino começar a corresponder, afinal, isto não estava nos meus planos... Como também não estava nos meus planos ter que fazer análise duas vezes na semana! E eu que cheguei a pensar que seria liberada logo de cara. Eu sempre esqueço que as coisas nunca acontecem como eu espero.
Até sexta, Silvia!
Até sexta, Silvia!