Volúvel, assim sou eu!
Às vezes me assusto com minhas mudanças repentinas em relação às pessoas. De repente alguém que sempre esteve ali, apesar de nunca ter percebido, passa a ocupar os meus pensamentos. Começa lentamente, com 5 minutinhos por dia, até chegar ao extremo das contagens das horas esperando encontrar tal pessoa. Do discurso, ela já começa a fazer parte desde os 5 minutinhos, fato este que faz com que todos pensem "Dessa vez ela se apaixonou!". Doce ilusão. Basta um simples deslize pro castelo vir abaixo e, quem até então fazia parte de todos os meus momentos, passa a ocupar um lugar tão insignificante ao ponto de nem notar a presença no mesmo ambiente que eu. Falar então, me causa enjôo profundo que faço questão de fugir do encontro sem nem dizer um "oi, tudo bom?" e correr o risco de escutar como foi o dia e semana desde o último oi! - tem pessoas que não se tocam que "oi, tudo bom?" é uma forma educada de cumprimentar alguém e não um artifício pra puxar conversa.
Claro que esse espaço deixado por esta pessoa já foi ocupado por outra, só pra não perder o hábito de pensar em alguém nas horas vagas. E é claro, também, que esta perderá tal espaço no primeiro deslize que cometer. Assim eu sigo neste eterno exercício de desapego, pedindo pra ser menos volúvel e aceitar mais a qualidade de "humano" das pessoas e, consequentemente, o grande risco de errar devido a isto.