Quando começamos a namorar é tudo perfeito: a pessoa é perfeita, o beijo é perfeito, o sorriso é perfeito, os dias são perfeitos, cada momento ao lado dele/dela é o fiel exemplo da perfeição, até vir a primeira briga. Depois da briga vêm as pazes, que faz com que tudo volte a ser perfeito. Mas com o tempo e a rotina, as coisas vão esfriando e os defeitos do que, até então, era perfeito vão se tornando cada vez mais gritantes. Com isso, as brigas se tornam mais e mais frequentes e você se pega desejando um tempo sozinho(a) até que o seu desejo se realiza e você fica só. É quando vem a sensação que a perfeição deu o ar da graça novamente. Você pode sair com seus/suas amig@s a hora que quiser, e acha isso o máximo; pode ficar em casa ou ir à uma boate sem ter que dar satisfação a ninguém, e, para você, isso parece o paraíso, mas como nem tudo são flores, o estado de suposta perfeição começa a mostrar os seus defeitos. Cada vez que você sai de casa pra uma baladinha, conhece alguém legal, troca umas idéias e uns beijinhos e volta pra casa sentido que aquele vazio só fez aumentar, a preguiça de sair da próxima vez só faz crescer, crescer, crescer, até que você se vê ficando cada vez mais em casa, desejando um "cobertor de orelha fixo" que, com certeza, não vai chegar batendo na sua porta como você espera. E, por mais que você preencha seu tempo com mil coisas, aquele espaço vazio vai dar sempre o ar da graça quando você se deita e, mesmo acompanhada de vários livros de renomados autores, percebe que falta alguém ali ao lado para reclamar da luz do abajur.
sábado, 14 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
Menos um dia
Existem princípios, eu sei. Mas também existe desejo que, às vezes, supera qualquer princípio que tenhamos. E, de repente, me vejo assim tomada por uma vontade imensa de um toque, um beijo, um olhar sem medo, um abraço apertado no silêncio onde eu possa sentir sua respiração ofegante e ter a certeza que você, ansioso, também esperava por tudo isso como eu. Inexplicavelmente você conseguiu o que queria e um pouco mais. Não fazes parte apenas do meu dia-a-dia, mas das minhas tardes, noites, madrugadas, você invade os meus sonhos e me satisfaz até o amanhecer, quando eu desperto e consigo não ficar frustrada por tudo ter passado de um sonho, mas feliz e confiante que aquele dia será diferente. Só que os dias têm se mostrado sempre tão iguais, oscilando entre uma conversa descontraída e outra cheia de entrelinhas e segundas intenções. Intenção de quê? De ter alguém aos teus pés? De se sentir desejado por mais uma? O que você tem no peito que é tão diferente de mim? Dói quando você fala em beijos sem me invadir com teu gosto; quando me chamas de linda, e, no dia seguinte, passas por mim como se nada tivesse acontecido. Mas mulher tem na essência a ingenuidade e pureza de acreditar que as coisas podem mudar, afinal, a esperança é a última a morrer. Já faz um tempo que aguardo mudanças, aguardo ao ponto de ficar sempre só esperando um movimento seu, uma resposta sua, uma ligação... longa espera em vão. Você tem a quem abraçar quando se sente sozinho; quem beijar quando está com desejo; quem te dar carinho quando está carente; alguém ali, sempre disposto a te apoiar e te satisfazer e este alguém não sou eu. E, mesmo sabendo de tudo isso, eu não consigo afastar você de mim e você sempre faz questão de alimentar essa ilusão me fazendo deitar todas as noites achando que o dia em que seremos "nós" esta cada vez mais próximo.
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